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25 de outubro de 2013

Petrobras notifica nova descoberta de petróleo no CE

O poço é o segundo a ser perfurado, em mar, na área da Bacia Potiguar que está localizada em território cearense


Novos indícios de petróleo foram encontrados pela Petrobras em águas profundas no Ceará. A estatal fez nova notificação da descoberta, ocorrida durante perfuração de poço na Bacia Potiguar, à ANP. O registro se deu há pouco mais de um mês desde que a estatal fez a primeira descoberta no local, na mesma profundidade de 1.924 metros.
 
Chamado tecnicamente de 1-BRSA-1175-CES, o poço testa o prospecto de Tango e está localizado na parte cearense da Bacia Potiguar (que inclui também o Rio Grande do Norte), dentro do bloco POT-M-665. O poço é o segundo a ser perfurado em mar na área da bacia pertencente ao Estado do Ceará. Até o momento, só se explora petróleo no Estado em terra na Potiguar, em poços na Fazenda Belém.
 
O bloco está sendo explorado pela Petrobras, que é a operadora, com 40% de participação, em parceria com a britânica BP, com outros 40%, e a portuguesa Petrogal, com os 20% restantes. A Petrobras já realizou quatro notificações (este ano) de descoberta de indícios de petróleo. A exploração em Tango está sendo conduzida pela semissubmersível Ocean Courage, que foi contratada por US$ 407 mil por dia.
 
Os primeiros indícios foram informados no dia 16 de junho e, mais tarde, no dia 30 de julho. A perfuração de Araraúna é conduzida pela sonda Deepwater Discovery, da Transocean, afretada pela taxa diária de US$ 463 mil. A descoberta de indícios de petróleo foi feita a uma profundidade de 975 metros de lâmina d´água. Em agosto passado, a Petrobras informou que estava concluindo a perfuração deste poço, mas ainda não finalizou esse processo.
 
Exigência
"Os contratos de concessão de blocos exploratórios firmados com a ANP determinam que qualquer indício de petróleo, gás natural ou outros hidrocarbonetos, dentro da área de concessão, seja notificado à ANP, em caráter exclusivo pelo operador. Essa exigência consta dos contratos-padrão da agência reguladora e é obrigação para todas as empresas concessionárias que operam no Brasil", esclareceu a Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa.
 
Bacia do Ceará
Além destes, a Petrobras já realizou a perfuração de outros dois poços marítimos na Bacia do Ceará, no litoral da Paracuru, que foram os primeiros do Estado em águas profundas. O poço Pecém teve notificação de indícios de petróleo à ANP em agosto de 2012, a uma profundidade que alcançou os 2.130 metros de lâmina d´água, e o Canoa Quebrada, em dezembro do ano passado, a uma profundidade de 1.934 metros de lâmina d´água.
 
Fonte: Diário do Nordeste

21 de outubro de 2013

Grupo com Petrobras e Shell vence o leilão

Grupo também é composto pelas chinesas CNPC e CNOOC.

O consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC arrematou nesta segunda-feira (21) o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União.

Único a apresentar proposta, contrariando previsões do governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital. Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo. O consórcio vencedor também terá que pagar à União um bônus de assinatura do contrato de concessão no valor de R$ 15 bilhões. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), esse valor deve ser pago de uma vez. O pagamento tem que estar depositado para que o contrato seja assinado – o que a Magda Chambriard, diretora geral da agência, previu que aconteça em cerca de 30 dias.

A Petrobras deverá arcar com 40% desse pagamento porque terá a maior participação no consórcio vencedor (40%). Isso porque, embora a proposta aponte uma fatia de 10% para a estatal, a empresa tem direito, pelas regras do edital, a outros 30%. A Shell e a francesa Total terão 20% (cada uma). Já as chinesas CNPC e CNOOC terão 10% cada.

Total e Shell surpreenderam
Analistas afirmam que a entrada das empresas Shell e Total no consórcio vencedor surpreendeu. Isso porque o regime de partilha é visto por eles como desvantajoso para as empresas participantes.
Já era esperado que teria só um consórcio e que a Petrobras entraria. Eu acho que a única surpresa é a Shell e a Total terem entrado, porque num  primeiro momento as pessoas achavam que elas não entrariam”, disse o ex-presidente da ANP David Zylbersztajn.

Outro fato que surpreendeu no resultado do leilão foi a pequena participação das estatais chinesas. CNPC e CNOOC terão 10% do consórcio cada. Analistas do setor acreditavam que as empresas asiáticas liderariam a rodada, devido à grande necessidade de petróleo na China, que é um dos maiores consumidores mundiais.

O campo de Libra
O campo de Libra fica na chamada Bacia de Santos, a cerca de 170 quilômetros do litoral do estado do Rio de Janeiro. A sua área é de cerca de 1.500 quilômetros quadrados. De acordo com o governo, é a maior área para exploração de petróleo do mundo. A estimativa é que Libra chegue a produzir 1,4 milhão de barris por dia, quase cinco vezes a produção do campo de Marlim Sul, que hoje ocupa a liderança no Brasil com 284 mil barris diários. Segundo a ANP, o maior campo do mundo, de Ghawar Field, na Arábia Saudita, tem de 75 bilhões a 83 bilhões de barris recuperáveis e produção média diária de 5 milhões de barris.

O óleo presente no campo de Libra é do tipo leve, que tem maior valor de mercado. A ANP estima que, entre 2013 e 2016, sejam investidos cerca de R$ 400 bilhões no setor de petróleo e gás no país – boa parte desse valor vai ser demandada pela exploração de Libra, com a compra de bens e serviços. Segundo especialistas, o início da produção pode levar de 5 a 10 anos, a depender da geologia do local e dos investimentos feitos pela empresa vencedora. O pico da produção pode levar 15 anos para ser atingido.

As empresas
Sobre o modelo de partilha, o presidente da Shell do Brasil, André Araujo, disse que já conhece as condições do contrato há bastante tempo e não é uma surpresa que vem hoje para eles. "Com a experiência que nós temos em exploração de águas profundas a gente via poder contribuir com esse consórcio e a gente sabe que é do interesse de todo mundo que faz parte desee consórcio que ele seja bem sucedido".

Ele não quis comentar a estratégia do consórcio. "Eu estou muito satisfeito porque ele se compõe da empresa líder em exploração em águas profundas. Estamos satisfeitos porque a Petrobras teve 10% e mostra o interessa da Petrobras dentro do projeto. Nós temos outras companhias que têm experiência internacional em exploração de águas profundas e isso faz com que o consórcio tenha um bom desenho".

Fonte: G1

Governo realiza o leilão de Libra, a maior reserva de petróleo do Brasil

Exploração do campo deve dobrar reservas nacionais de petróleo, diz ANP.

Na expectativa sobre o número de consórcios participando da disputa, o governo realiza nesta segunda-feira (21/10), no Rio de Janeiro, o leilão do campo de Libra, o primeiro prevendo a exploração de petróleo e gás natural na camada pré-sal sob o regime de partilha (em que a União fica com parte do óleo extraído pelas empresas vencedoras).

Otimismo
A expectativa da ANP é que sejam recuperados em Libra entre 8 e 12 bilhões de barris de óleo. Apenas 11 empresas, entre elas a Petrobras, confirmaram interesse pelo negócio e ficaram de fora da disputa gigantes do setor como as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas BP e BG. A previsão inicial da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, era de que até 40 empresas participassem do leilão.

As 11 empresas habilitadas para participar da rodada são: CNOOC International Limited (China), China National Petroleum Corporation (China), Ecopetrol (Colômbia), Mitsui & CO (Japão), ONGC Videsh (Índia), Petrogal (Portugal), Petronas (Malásia), Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa), Shell (Anglo-Holandesa), Total (França) e a Petrobras (Brasil). De acordo com a ANP, dessas 11, nove apresentaram garantias de oferta, mas mesmo as que não apresentaram podem participar em consórcio com outras que tenham apresentado.

Os recursos que a União vai arrecadar com a exploração do campo representam “nosso passaporte para o futuro” (disse a Presidente Dilma). A expectativa é do país arrecadar entre R$ 300 e R$ 700 bilhões nos próximos 35 anos (prazo da concessão), que serão transferidos pelas concessionárias ao governo e investidos em educação e saúde.

Regras do leilão de Libra
Vence o leilão de Libra o consórcio ou empresa que oferecer à União o maior fatia do petróleo a ser extraído do campo, tendo como percentual mínimo 41,65%. Por isso o regime desse tipo de concessão é chamado de partilha: empresas repartem com o governo o resultado da exploração.

Pelo modelo antigo – e que vai continuar valendo para campos fora do pré-sal –, os consórcios vencedores ficam com todo o óleo de um bloco arrematado em leilão, pagando ao governo apenas impostos, royalties e participação especial.

Nesta rodada, não haverá lance mínimo. Apenas um consórcio será vencedor e ele terá que pagar à União um bônus de assinatura do contrato de concessão no valor de R$ 15 bilhões. O edital também prevê que a Petrobras será a operadora do campo de Libra, com participação mínima de 30% na concessão. Isso significa que, mesmo que a empresa brasileira não faça parte do consórcio vencedor, terá depois que ser aceita como sócia do projeto com 30% de participação, responsável pelo plano de desenvolvimento dos campos.

As empresas interessadas no campo de Libra poderão se unir em consórcio para apresentação de ofertas. O consórcio, no entanto, deverá possuir pelo menos 1 empresa de “Nível A” (capacitada a operar em águas profundas), caso a Petrobras não faça parte do consórcio licitante, e poderá reunir, no máximo, cinco empresas. O prazo do contrato com o consórcio vencedor é de 35 anos sem prorrogação.

Segundo a ANP, a exploração do campo de Libra deve dobrar as reservas nacionais de petróleo – estima-se cerca de 26 bilhões a 42 bilhões de barris (as reservas nacionais são hoje de 15,3 bilhões de barris. Já as reservas de gás somam atualmente 459,3 bilhões de metros cúbicos e também devem duplicar com Libra). Com uma recuperação estimada em 30% do volume total, a perspectiva é que Libra seja capaz de produzir de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo.

O Brasil espera uma produção de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.

Fonte: G1