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31 de maio de 2011

Pré-sal freia desemprego no Nordeste

A criação de vagas de emprego em Recife e Salvador, com o aumento dos investimentos públicos e a exploração do pré-sal, foram os responsável pela estabilização do desemprego no mês de abril – que ficou em 11,1% pela 1º vez desde dezembro do ano passado – segundo dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e  Fundação Seade.

A descoberta de novas vocações, fora do eixo do turismo, como a indústria automobilística e o petróleo, foram as grandes responsáveis, segundo o economista Alexandre Loloian.

Aquela região do porto de Suape tem agora não só a refinaria de Abreu e Lima, mas também o porto todo e uma infinidade de empresas que estão se localizando naquela região, por conta até de regra alfandegária, com estímulos à importação e exportação. Além disso, a Fiat também vai abrir uma fábrica lá. Recife, finalmente, é outra metrópole do Nordeste que achou sua vocação, como Salvador já tinha achado.

A capital baiana também apresentou redução na taxa de desemprego – entre abril de 2010 e abril de 2011, houve uma redução de 17,4% no nível de desocupação. Agora, Salvador tem taxa de desemprego de 15,7%. Patrícia Lino Costa, economista do Dieese, destaca a posição da indústria na geração de empregos em Salvador.

Os dados da indústria em Salvador mostram que, no ano, a indústria cresceu 18% e hoje engloba 9% dos ocupados na região metropolitana. É uma proporção que vem aumentando. O crescimento da indústria mostra a importância na geração de empregos e no dinamismo na região de Salvador. Esse dinamismo se reflete no Nordeste e na Bahia, em especial.

Ao contrário de Salvador e Recife, Fortaleza foi a única capital do estudo que apresentou aumento do desemprego. Agora, 9,8% da PEA (População Economicamente Ativa) da região está sem trabalho, segundo a PED.

Apesar disso, com a evolução do emprego observada nos últimos meses, Loloian, da Fundação Seade, projeta que tanto a capital pernambucana como a baiana terão índices menores de desemprego no futuro.

Essas duas regiões metropolitanas não vão freqüentar mais taxas de desemprego de 20% ou 30% como foi na última década. Agora, vai ficar em 14% ou 15%. O investimento público tem sido fundamental. O porto, a transposição do canal… o Nordeste está sendo bem contemplado nos investimentos de infraestrutura, o que tem sido bem positivo. Daqui a pouco é a vez de Fortaleza, depois Natal. Esperamos que essa descentralização [na geração de empregos] ocorra mesmo.

Fonte: Portal R7

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