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22 de março de 2011

SMS que a Petrobras prega existe?


Olá meus amigos, desculpa a demora em postar, mas tem sido tudo muito corrido ultimamente. Agora mesmo estou em Vitória para mais uma troca de turma de NS-21, mas não tenho do que reclamar. Bom hoje  venho com um assunto um tanto sério, e desde já deixo claro que não faço parte de nenhum sindicato ou ong, mas é sempre bom falar de SMS, afinal lidamos com vidas humanas no mundo offshore.

Na madrugada de quinta-feira, 15 de março de 2001, os trabalhadores de P-36 são acordados com um barulho semelhante a uma carga caindo sobre o convés. O estrondo é seguido de um grande balanço que é sentido por toda plataforma. Enquanto esse movimento era sentido por alguns trabalhadores, onze heróis da brigada de incêndio desceram à coluna de popa-boreste para verificar o ocorrido. Foram, mas não retornaram. Uma grande explosão acabou atingindo os trabalhadores no momento em que estavam atuando.

Recentemente novas tragédias foram evitadas por conta da interdição de P-33, P-35, P-27 e PCH-2. No caso de P-33, foi necessário que 110 trabalhadores assinassem um documento revelando a situação de insegurança, levando a Marinha e a ANP a interditar as operações daquela unidade. As denúncias de incêndio ocorridas no dia 19 de janeiro deste ano em PCH-2, também foram ações conjuntas que culminaram na interdição da mesma. No último dia 16 ela voltou a operar, após os auditores fiscais verificarem o cumprimento das pendências relacionadas aos sistemas principais de produção.

Isso não pode se tornar rotina, as condições de segurança não podem jamais serem ignoradas, condições precárias têm vindo ao conhecimento do público através da mídia e sindicatos. Os trabalhadores offshore não podem abrir mão se seus direitos, e que nem através de coação e assédio moral a luta por condições seguras podem esmorecer.

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